O Governo Central, que engloba o Tesouro Nacional, o Banco Central e a Previdência Social, registrou um superávit primário de R$ 24,026 bilhões em dezembro. Apesar do resultado positivo no último mês do ano, o saldo acumulado em 2024 ficou negativo em R$ 43,004 bilhões, conforme informações divulgadas nesta quinta-feira (30) pelo Tesouro Nacional.
O resultado inclui despesas extraordinárias que não serão contabilizadas na apuração da meta fiscal, como os gastos do governo para mitigar os efeitos das enchentes no Rio Grande do Sul. Ao desconsiderar essas despesas, o déficit do ano cai para R$ 11,032 bilhões, segundo o Tesouro.
O superávit de dezembro foi impulsionado pelo aumento na arrecadação tributária e pelo repasse de dividendos de estatais ao governo. No entanto, o desempenho fiscal ao longo do ano foi impactado pelo crescimento das despesas obrigatórias, como previdência e folha de pagamento, além de medidas emergenciais para minimizar desastres naturais.
Para 2025, o governo federal busca um equilíbrio fiscal mais sólido, apostando em medidas para ampliar a arrecadação e controlar os gastos. A meta fiscal estabelecida na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para este ano é de déficit zero, um desafio que dependerá da efetividade das políticas econômicas e do crescimento da economia brasileira.