O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) encerrou 2024 com lucro líquido de R$ 26,4 bilhões, um crescimento de 20,5% em relação a 2023. Além do aumento da rentabilidade, o banco registrou a maior carteira de crédito desde 2017, totalizando R$ 584,8 bilhões, e a menor taxa de inadimplência do sistema financeiro, de apenas 0,001%.
Os resultados foram apresentados nesta terça-feira (25), na sede do BNDES, no Rio de Janeiro, com a presença do presidente da instituição, Aloizio Mercadante, e diretores responsáveis por áreas estratégicas.
Em 2024, o BNDES realizou a maior injeção de crédito de sua história, com aprovações e garantias que somaram R$ 276,5 bilhões. As aprovações de crédito totalizaram R$ 212,6 bilhões, um aumento de 22% em relação a 2023 e 61% frente a 2022.
Os setores que mais receberam investimentos foram:
- Indústria: R$ 52,4 bilhões (+132% em relação a 2022);
- Agropecuária: R$ 52,3 bilhões (+92% frente a 2022);
- Comércio e Serviços: R$ 33,4 bilhões (+83% em comparação a 2022).
Desde 2018, é a primeira vez que as aprovações para a indústria superam as do agronegócio, reflexo das políticas de incentivo à industrialização, como o programa Nova Indústria Brasil (NIB).
O crédito para micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) somou R$ 92,4 bilhões em aprovações diretas. Somando-se as operações com garantias, o total chegou a R$ 156,3 bilhões, um crescimento de 44,7% frente a 2023 e 119,8% em relação a 2022.
Para facilitar o acesso ao crédito, o BNDES utilizou três modalidades de garantias:
- Fundo Garantidor de Investimentos Tradicional (FGI);
- Programa Emergencial de Acesso a Crédito (FGI PEAC);
- FGI PEAC Crédito Solidário RS, voltado ao enfrentamento das inundações no Rio Grande do Sul.
O banco encerrou 2024 com ativos totais de R$ 840,9 bilhões, um aumento de R$ 108,4 bilhões (14,8%) em relação ao ano anterior. A carteira de crédito expandida atingiu R$ 584,8 bilhões, representando 69,6% dos ativos totais.
O patrimônio líquido do BNDES cresceu 4,7%, alcançando R$ 158,4 bilhões.
O presidente Aloizio Mercadante destacou que o banco segue ampliando seus investimentos em infraestrutura e inovação, com a meta de atingir 2% do PIB em aprovações e 1,5% do PIB em desembolsos até 2026.
A expectativa é continuar expandindo a captação de recursos no mercado doméstico e internacional, incluindo a emissão de Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) e Letras de Crédito do Desenvolvimento (LCD), além de aportes adicionais no Fundo Clima e no Fundo de Investimento em Infraestrutura Social.
Com a trajetória de crescimento e solidez financeira, o BNDES reafirma seu papel como motor do desenvolvimento econômico e social do Brasil.