O deputado Felipe Mota (União) criticou o ajuste fiscal proposto pelo Governo Federal no primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) desta terça-feira (10/12). De acordo com ele, a proposta causa prejuízo econômico aos beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC).
“De três beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC), dois são do Ceará. O veneno que o PT está visando aprovar foi criado por ele mesmo, e não encontrou antídoto para resolver a situação. A proposta não passa na Câmara (dos Deputados). Eu quero ver vocês defenderem o pacote de maldades do Governo Lula”, criticou.
Felipe Mota rogou aos deputados federais e aos senadores que não aprovem a regra de transição do BPC. O deputado enfatizou que a aprovação da matéria vai prejudicar milhares de famílias com menor poder aquisitivo. “Não aprovem a regra de transição do BPC porque vai causar prejuízo às famílias mais simples, como pessoas atendidas que têm filhos com hidrocefalia e autismo”, pediu.
O parlamentar lamentou ainda a não liberação de recursos oriundos de emendas parlamentares pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino. Felipe justificou que a região Nordeste não conta com as mesmas condições climáticas e estruturais das regiões Sul e Sudeste.
“Nós do Nordeste estamos com pires na mão em busca de recursos porque nossos municípios estão abaixo do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) em diversas áreas. Nós não temos as condições climáticas e a industrialização do Sul e Sudeste”, frisou.
Em aparte, o deputado Alcides Fernandes (PL) abordou outro tema. O parlamentar se solidarizou com a família do policial militar do Ceará (PM-CE) Antônio Almir Pereira Mota Filho, de 29 anos, e solicitou um minuto de silêncio em homenagem ao militar. O agente da segurança foi baleado na cabeça enquanto fazia patrulha na cidade de Boa Viagem na manhã da última quinta-feira (05/12). “Os policiais são nossos amigos, a violência ultrapassou os limites do ano passado no Ceará, e ainda tem gente defendendo bandido e punição de policiais”, pontuou.
Por sua vez, o deputado Sargento Reginauro (União) concordou com seu colega de partido. Segundo ele, o pacote foi apresentado à população de forma “maquiada”. “O Haddad foi à rede nacional para anunciar o pacote tentando vender como bondade, parecia a melhor notícia ao povo, prejudicando o mais pobre. Aí inseriu a isenção do imposto de renda apenas para 2026 e disfarça os problemas graves que afetam o mais pobre”, analisou.
Fonte: ALECE