O deputado Sargento Reginauro (União) denunciou, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), desta terça-feira (03/09), realizada de forma presencial e remota, o extravio de armas da Secretaria da Administração Penitenciária e Ressocialização do Estado do Ceará (SAP-CE).
De acordo com o parlamentar, ainda no ano passado, uma arma pertencente ao Estado foi encontrada em posse de um criminoso capturado em outro estado, e a própria secretaria desconhecia o desaparecimento da arma. “Agora, a Polícia Civil apreendeu armas que estavam em posse de um ex-servidor, que está desaparecido. Um homem de confiança da secretaria. E o pior: não temos nada claro sobre isso. Polícia Civil e Controladoria estão investigando, mas nenhum dado está disponível para sabermos quantas armas estão desaparecidas”, relatou.
Sargento Reginauro prosseguiu com seu pronunciamento criticando o secretário da SAP, Mauro Albuquerque, pela falta de transparência. “O secretário é o intocável da gestão Elmano de Freitas. Ninguém consegue chamar para uma audiência nesta Casa, não atende ligação de nenhum parlamentar, e aqueles que protestam contra seus abusos são perseguidos. Foi o que aconteceu com três servidores sindicalizados que participaram de manifestação aqui na Assembleia de forma ordeira, pedindo a saída do secretário. Estão afastados por 60 dias, sem receber salário”, apontou.
Para o deputado, a situação retrata uma falta de controle da violência no Estado por parte da gestão do Governo atual. “Que ironia. O partido que ensinou o País a se organizar em sindicatos punindo sindicalistas. Vejam o nível da nossa administração pública. Governador, pergunte ao seu secretário quantas armas desapareceram da secretaria. Reage, governador, o crime tomou conta de nosso Estado. A população está apavorada. Nossas crianças não podem mais brincar nas calçadas, nas areninhas, pois não têm segurança. Comerciantes sendo impedidos de trabalhar, bugueiros de Caucaia tendo suas atividades paralisadas pelo crime. A população confiou, acreditou no Ceará três vezes mais forte, e é isso que está recebendo”, cobrou.
Edição: Vandecy Dourado/ALECE