Incluído como possível candidato do PT em um dos cenários da pesquisa presidencial realizada pelo instituto Paraná Pesquisas, o ministro da Educação, Camilo Santana, registrou 6,9% das intenções de voto. O desempenho ficou abaixo de outros nomes testados, como Ciro Gomes (PDT) e Tarcísio de Freitas (Republicanos), que lideraram empatados com 27,8%. Ronaldo Caiado (União Brasil) obteve 8,8%, enquanto Helder Barbalho (MDB) alcançou 3,1%.
O resultado de Camilo reflete a dificuldade do PT em consolidar novas lideranças nacionais além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que segue liderando os cenários em que aparece. Fernando Haddad, atual ministro da Fazenda, apresentou desempenho significativamente superior em algumas simulações, chegando a 18%.
A inclusão de Camilo Santana na pesquisa pode ser vista como uma tentativa do PT de diversificar suas opções, mas o resultado reforça a percepção de que o ministro, apesar de sua experiência como governador do Ceará, ainda enfrenta barreiras para se projetar nacionalmente. A ausência de Jair Bolsonaro (PL), inelegível até 2030, abriu espaço para nomes de direita como Tarcísio e Michelle Bolsonaro, que demonstraram força eleitoral.
Enquanto Michelle Bolsonaro empatou com Lula em simulações de segundo turno, Camilo não apresentou competitividade suficiente para figurar entre os nomes principais da disputa. O cenário sinaliza que, para 2026, o PT precisará avaliar melhor suas estratégias e trabalhar na construção de lideranças que sejam capazes de manter a força do partido em âmbito nacional.
A pesquisa também revelou a fragmentação do eleitorado, com nomes inusitados, como Pablo Marçal (PRTB), alcançando 6,1% em uma das simulações. Apesar disso, o alto índice de indecisos (49,8%) mostra que há espaço para mudanças no quadro até o pleito.
O levantamento foi realizado entre os dias 7 e 10 de janeiro com 2.018 eleitores em 164 municípios. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, com nível de confiança de 95%. O cenário político de 2026 indica uma disputa polarizada, mas também com potencial para surpresas e reconfiguração das forças políticas.