Moraes mantém prisão do delegado Rivaldo Barbosa em caso Marielle Franco
A denúncia afirma que “foi Rivaldo quem orientou a todos a não executar o crime em trajeto que partisse ou seguisse para a Câmara Municipal, para dissimular a motivação política do crime.”
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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes decidiu nesta sexta-feira (17) manter a prisão do delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, em decorrência das investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco.
A defesa de Rivaldo Barbosa havia solicitado a soltura do delegado, argumentando que ele poderia responder às acusações em liberdade, uma vez que não ofereceria riscos à investigação. No entanto, Moraes rejeitou o pedido, mantendo a prisão preventiva.
Apesar de manter a prisão, o ministro determinou que a administração do presídio federal de Brasília avalie o estado de saúde de Rivaldo e informe se há necessidade de atendimento médico especializado.
Além de Barbosa, o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, Domingos Brazão, e o deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ) foram denunciados ao Supremo pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por homicídio e organização criminosa. Ambos estão presos por determinação de Moraes devido ao suposto envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
As investigações indicam que Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil, teria dado orientações, a mando dos irmãos Brazão, para a realização dos disparos que vitimaram Marielle Franco e Anderson Gomes. Segundo a Procuradoria, a execução da vereadora tinha como objetivo proteger interesses econômicos de milícias e desencorajar atos de oposição política.
Após a apresentação da denúncia, a defesa de Rivaldo Barbosa questionou a credibilidade dos depoimentos de delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa. Lessa, réu confesso do assassinato, apontou o delegado e os irmãos Brazão como participantes do crime.