O Governo Federal, por meio do Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportação (CZPE), aprovou nesta quarta-feira (9) a instalação de um projeto de hidrogênio verde da empresa australiana Fortescue na Zona de Processamento de Exportação (ZPE) de Pecém, no Ceará. O investimento previsto é de R$ 17,5 bilhões, consolidando um marco na transformação energética do Brasil.
A Fortescue se comprometeu a utilizar bens e serviços nacionais e a investir em pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) como parte do acordo. O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, destacou a relevância do projeto ao afirmar que a ZPE de Pecém se tornará um “símbolo dessa nova era, onde a indústria e a preservação do meio ambiente caminham juntas”. A resolução foi assinada em reunião com o governador do Ceará, Elmano de Freitas.
O projeto terá capacidade de produção de 1,2 gigawatts (GW) por ano, podendo ser expandido para 2,1 GW na segunda fase, e deverá gerar mais de 9 mil empregos diretos e indiretos. As obras começam em outubro, com o início das operações previsto para agosto de 2028.
Este projeto está alinhado com o plano de transição energética do Brasil e com a Missão 5 da Nova Indústria Brasil (NIB), que visa descarbonizar o país até 2033. A produção de hidrogênio verde, utilizando fontes renováveis como energia solar e eólica, representa um avanço significativo na estratégia de energias limpas e sustentáveis.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já havia sancionado a Política Nacional do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono em agosto, reafirmando o compromisso do Brasil com a transição energética.