O senador Marcos Rogério (PL-RO) criticou, nesta segunda-feira (16), o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) promovido pelo governo federal. Segundo ele, a medida foi adotada por decreto, sem debate com o Congresso Nacional ou diálogo com os setores afetados.
“Subo à tribuna com a responsabilidade de dar voz a um sentimento de indignação que ecoa por todo o Brasil, que não aguenta mais tanto imposto. É um golpe direto no bolso do povo brasileiro, do trabalhador”, afirmou.
O parlamentar também se posicionou contra a proposta de taxação de instrumentos financeiros que hoje são isentos, como a Letra de Crédito Imobiliário (LCI), a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), o Fundo de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (Fiagro) e o Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA). Segundo ele, esses mecanismos são essenciais para o financiamento da construção civil e do agronegócio.
Marcos Rogério alertou que o fim das isenções pode afastar investidores, encarecer o crédito e impactar diretamente os pequenos produtores e famílias de baixa renda.
“O pequeno e médio produtor é que vai sangrar. Esses instrumentos são fundamentais para o acesso ao crédito agrícola e imobiliário. Retirar essa isenção é tirar o pouco fôlego que restava no campo e na cidade”, disse.
O senador ainda criticou o que chamou de aumento da carga tributária sem contrapartida em responsabilidade fiscal, citando o agravamento de indicadores econômicos do país.