O segmento de Informação e Comunicação teve uma significativa queda em sua participação no setor de serviços do Brasil ao longo da última década. Em 2013, esse segmento era predominante na receita bruta de serviços em 14 unidades da federação, mas em 2022 não predominava em nenhuma delas, de acordo com dados divulgados hoje (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) através da Pesquisa Anual de Serviços (PAS).
Essa retração está principalmente relacionada ao desempenho das empresas de telecomunicações, parte essencial do segmento de Informação e Comunicação. “A perda de receita das empresas de telefonia, em razão da mudança no comportamento dos consumidores, que passaram a utilizar mais a Internet e aplicativos de mensagens em vez de ligações telefônicas, foi um dos principais motivos para essa queda”, explicou Marcelo Miranda, analista da pesquisa.
Por outro lado, o segmento de serviços profissionais, administrativos e complementares foi o mais destacado em 2022, predominando na receita bruta de serviços em 22 unidades da federação, contrastando com as 10 em que liderava em 2013. Em termos gerais, a receita bruta estimada pelas empresas prestadoras de serviços não financeiros foi de R$ 3,1 trilhões, sendo a maior parte gerada pela atividade de prestação de serviços.
A pesquisa também revelou que, em 2022, o segmento de Informação e Comunicação representava 19,4% da receita operacional líquida (ROL) dos serviços, caindo para a terceira posição em participação, atrás de Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (29,8%) e de serviços profissionais, administrativos e complementares (27,8%). Apesar da estabilidade de outros segmentos, a queda constante no segmento de Informação e Comunicação contribuiu para essa mudança no cenário econômico.