Entre 2019 e 2024, aposentados e pensionistas do INSS podem ter perdido mais de R$ 6 bilhões com descontos indevidos aplicados diretamente nos seus benefícios. A fraude envolvia cobranças de mensalidades associativas sem autorização dos segurados, segundo investigações da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Polícia Federal (PF).
O esquema foi revelado durante a operação “Sem Desconto”, que identificou a atuação de entidades que promoveram retenções irregulares em larga escala contra beneficiários do Regime Geral de Previdência Social (RGPS). O impacto é direto: menos dinheiro no bolso de quem depende do INSS para sobreviver.
Diante do prejuízo, a Advocacia-Geral da União (AGU) criou um Grupo Especial para buscar a recuperação dos valores desviados. O grupo, formado por oito advogados públicos da Procuradoria-Geral Federal (PGF) e da Consultoria-Geral da União (CGU/AGU), terá atuação judicial e administrativa para responsabilizar as entidades envolvidas e recuperar o dinheiro.
Além disso, a equipe terá a missão de propor medidas jurídicas para reforçar os mecanismos de controle, evitar novas fraudes e proteger a renda de quem depende da Previdência.
Se você é aposentado, pensionista ou conhece alguém nessa situação, vale ficar atento. Descontos irregulares podem ter passado despercebidos — e somam valores significativos ao longo do tempo.