O rendimento mensal real domiciliar per capita no Ceará chegou a R$ 1.210 em 2024, o maior valor já registrado para o estado desde o início da série histórica em 2012. Os dados são da PNAD Contínua: Rendimento de Todas as Fontes, divulgada pelo IBGE no último dia 8. Em relação a 2022, a alta foi de 6,9% já descontada a inflação, quando o rendimento cearense era de R$ 1.132 a preços atualizados.
Apesar do avanço, o Ceará segue entre os estados com menor renda domiciliar per capita do país, ficando à frente apenas do Maranhão (R$ 1.078) e logo atrás do Amazonas (R$ 1.231). A média nacional foi de R$ 2.020, também um recorde histórico.
O levantamento revela ainda que todas as unidades da federação tiveram aumento real entre 2022 e 2024, sendo que 19 delas registraram recorde na série histórica. A Região Sul apresentou o maior rendimento médio do país no ano passado, com R$ 2.499 por pessoa, seguida por Sudeste (R$ 2.381) e Centro-Oeste (R$ 2.331). Nordeste (R$ 1.319) e Norte (R$ 1.389) tiveram os menores resultados.
Outros indicadores também atingiram patamares históricos, como o rendimento médio do trabalho (R$ 3.225) e o rendimento de programas sociais (R$ 836). Ao mesmo tempo, a desigualdade de renda, medida pelo Índice de Gini, caiu para 0,506 — o menor nível da série iniciada em 2012.
A população brasileira com algum tipo de rendimento bateu novo recorde e chegou a 143,4 milhões de pessoas em 2024. O número de beneficiários de programas sociais também aumentou, passando de 18,6 milhões em 2023 para 20,1 milhões no ano passado.