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O próximo domingo será um dia de reinício quase total das coisas. Sábado encerra a semana, o mês e o ano. E tudo recomeça no domingo, o primeiro dia da semana, conforme a contagem do tempo através de diversos povos, e da bíblia. Recomeçam a semana, o mês e o ano. Na meia-noite de sábado, zera-se o cronômetro, para iniciar nova maratona: a corrida de 2023, faltando apenas mais dois anos para fechar o primeiro quartel do século vinte e um, que a bem dizer começou ontem.
Até início dos anos noventa do século passado, o novo século e o novo milênio pareciam ainda miragens distantes. De repente, já se passaram duas décadas e dois anos da nova era. A Terra, feito carrapeta girando em torno de si mesma e em torno do Sol, dá-nos a impressão de correr cada vez mais veloz e intrépida. E um ano vira praticamente um átimo.
É como se 365 dias já não fossem mais 365 dias! Pois num correr de vista, chega dezembro, com aqueles momentos em que mais usamos palavras como “feliz”, “venturoso”, “próspero”, e mais alguns adjetivos de valor para enfeitarem nossas mensagens de Ano-Novo. Mas o ano torna-se velho logo depois que nasce. Não mais parece ter uma gradação paulatina no curso de sua existência. Nem infância nem adolescência: o ano já nasce adulto.
Jubilosos, festejamos a chegada do novo ano, que nos deixa sempre mais velhos, mediante o tempo implacável e indiferente. Todavia, prefiro crer que o tempo é sempre uma eterna ilusão. Talvez nem exista o tempo, de tão relativo que é. Concorda, Einstein? E dessa forma, assistimos à transição de mais uma etapa na vida de todo mundo neste planeta Terra. O fechamento do ano é, em tese, a quitação de velhos compromisso e metas de cada um – ou não! Pois tudo é mesmo relativo.
A chegada do novo ano acende a chama de novas esperanças, propósitos, objetivos, metas a cumprir, individual ou coletivamente. No Brasil, em especial, renovam-se as esperanças e crenças na política, com a posse, no próximo domingo, de um novo presidente da república e todo o seu ministério e demais assessores. As luzes reacendem-se na Capital Federal, perante o aparato da posse do novo Chefe do Executivo Nacional e diante da expectativa de milhões de patrícios que esperam por dias melhores. Em vários estados brasileiros, também se renova o comando do Executivo, com a posse de novos governadores eleitos este ano.
Em meio ao frenesi dos festejos de fim de ano, de modo geral, e começo de novo ciclo, cá no meu recanto, serenamente ergo a vista, olho para o céu; baixo a vista e olho novamente para a terra onde piso, e só me vem à mente a mensagem do velho Eclesiastes, 1,9: “Nada há de novo debaixo do sol”. Feliz 2023!
Pedro Paulo Paulino