O mercado financeiro revisou a projeção de crescimento da economia brasileira para este ano, elevando a estimativa de 2,43% para 2,46%, conforme divulgado no Boletim Focus desta segunda-feira (2). O relatório semanal do Banco Central reflete as expectativas dos principais analistas econômicos do país. Para 2025, a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) é de 1,85%, enquanto para 2026 e 2027, espera-se uma expansão de 2% em ambos os anos.
Em 2023, o Brasil superou as expectativas com um crescimento de 2,9%, totalizando um PIB de R$ 10,9 trilhões, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse desempenho veio após um crescimento de 3% em 2022. Já a previsão para a cotação do dólar no final de 2024 foi mantida em R$ 5,33, e para o final de 2025, a expectativa é que a moeda americana esteja em R$ 5,30.
No que diz respeito à inflação, o Boletim Focus indicou uma ligeira alta na previsão do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2024, passando de 4,25% para 4,26%. A meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para o próximo ano é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. A partir de 2025, o sistema de metas contínuas entrará em vigor, mantendo o centro da meta em 3%.
Para controlar a inflação, o Banco Central tem utilizado a taxa básica de juros, a Selic, atualmente fixada em 10,5% ao ano, conforme decisão do Comitê de Política Monetária (Copom). O mercado financeiro projeta que a Selic permanecerá nesse patamar até o final de 2024, com expectativa de redução gradual nos anos subsequentes, chegando a 9% ao ano em 2027. A próxima reunião do Copom está agendada para os dias 17 e 18 de setembro, quando novas decisões poderão ser tomadas.