O Ministério Público do Ceará (MPCE) está conduzindo investigações envolvendo vários prefeitos eleitos nas eleições municipais de 2024 sob suspeita de abuso de poder político e econômico. Entre os municípios investigados estão Aracati, Canindé, Choró, Ipu, Limoeiro do Norte, Quixeré e Barroquinha. As ações incluem pedidos de cassação de registro de candidatura e declarações de inelegibilidade.
Casos em destaque:
Aracati: A prefeita eleita Roberta Cardoso e a vice Ana Flávia Mello (Podemos) enfrentam acusações de abuso de poder e compra de votos. Também são investigados o atual prefeito Bismarck Maia (Podemos) e o deputado estadual Guilherme Bismarck (PDT).
Canindé: Professor Jardel e seu vice, Ilomar Vasconcelos (PSB e PT), são acusados de financiar a campanha com cerca de R$ 1 milhão, recursos supostamente vinculados ao prefeito eleito de Choró, Bebeto Queiroz (PSB), para carreatas e compra de votos.
Choró: Bebeto Queiroz (PSB), prefeito eleito, está foragido e enfrenta acusações de irregularidades em contratos e compra de votos. O caso envolve a atuação do MP e da Polícia Federal.
Limoeiro do Norte e Quixeré: O MPCE busca a cassação dos mandatos e inelegibilidade por oito anos dos prefeitos e vices eleitos sob suspeita de abuso de poder político e econômico.
Ipu: A chapa da prefeita eleita também é alvo de investigações, incluindo acusações contra o atual gestor e sua vice.
Barroquinha: O MPCE solicitou a cassação do prefeito reeleito Jaime Veras (PSD) e da vice Carmem Lúcia (PSD) devido a irregularidades na campanha.
Os processos tramitam na Justiça Eleitoral, e, caso confirmadas as acusações, os envolvidos podem perder seus mandatos e enfrentar inelegibilidade por até oito anos. O Ministério Público Eleitoral reafirma seu compromisso em combater práticas ilícitas, promovendo a integridade do processo eleitoral.