No 1º trimestre de 2025, a Petrobras registrou um aumento de 5,4% na produção média de óleo, gás natural e LGN, alcançando 2,77 milhões de barris de óleo equivalente por dia (MMboed). O resultado foi impulsionado por maior eficiência operacional, menor volume de paradas para manutenção e a entrada em operação de novos sistemas na Bacia de Santos.
Ao todo, 11 novos poços produtores começaram a operar entre janeiro e março, com destaque para os campos do pré-sal, onde a estatal tem intensificado seus investimentos.
A produção de óleo e LGN no pré-sal bateu novo recorde, com 2,77 MMboed, superando a marca anterior de 2,76 MMboed registrada no 4º trimestre de 2023. Já a produção total operada no pré-sal chegou a 3,38 MMboed, outro recorde histórico.
Entre os destaques operacionais está o início da produção do FPSO Almirante Tamandaré, no campo de Búzios, com capacidade para produzir até 225 mil barris por dia e processar 12 milhões de metros cúbicos de gás. Em tempo recorde, a unidade iniciou a injeção de gás em apenas 49 dias, o que contribui para o aumento da produtividade e estabilidade do campo.
Outra frente relevante foi o ramp-up do FPSO Marechal Duque de Caxias, no campo de Mero, que já atinge produção diária de cerca de 95 mil barris. A expectativa é que a unidade atinja seu pico de produção ainda no segundo trimestre.
No parque de refino, a companhia atingiu 73% de participação do óleo do pré-sal na carga processada, igualando o recorde anterior. O maior uso desse tipo de óleo resulta em maior rendimento de derivados com valor agregado, como diesel e QAV, além de contribuir para a redução de emissões atmosféricas.
Os derivados médios (diesel e QAV) e a gasolina representaram 69% da produção total no trimestre, mesmo com uma parada geral programada para modernização da RNEST. A estratégia da Petrobras tem sido otimizar a qualidade da carga refinada, com foco em rentabilidade e sustentabilidade.
No trimestre, a Petrobras também deu um passo importante na agenda de transição energética. Realizou em fevereiro a primeira venda internacional de VLSFO (óleo combustível com baixo teor de enxofre) com 24% de conteúdo renovável, em parceria com empresa de Singapura. O produto, composto por óleo combustível mineral e biocombustível (UCOME), reforça o posicionamento da companhia em mercados que exigem combustíveis mais limpos e certificados.
O desempenho operacional da Petrobras no 1T25 consolida a estratégia de concentrar esforços nos ativos mais produtivos do pré-sal e na agregação de valor no refino e nas exportações. A continuidade da entrada de novas plataformas deve manter o ritmo de crescimento, enquanto a diversificação de portfólio com combustíveis de menor impacto ambiental aponta para um reposicionamento da estatal em um cenário energético global em transformação.