O Papa Francisco continua internado no Hospital Gemelli, em Roma, e embora não esteja em risco imediato de vida, sua condição ainda inspira cuidados. Em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (20), os médicos responsáveis pelo seu tratamento, Sergio Alfieri e Luigi Carbone, afirmaram que o pontífice respira sem a ajuda de aparelhos, não está acamado, mas ainda não pode ser considerado fora de perigo.
“Se a pergunta é ‘ele está fora de perigo?’, a resposta é não. Se nos perguntam se ele está em perigo de vida neste momento, também respondemos que não”, explicou Alfieri. Segundo o médico, Francisco tem enfrentado problemas respiratórios crônicos, e a maior preocupação da equipe médica é o risco de uma infecção generalizada (sepse), caso germes das vias respiratórias entrem na corrente sanguínea.
Apesar do quadro de saúde delicado, o Papa mantém o bom humor. De acordo com Alfieri, ao entrar no quarto do pontífice e saudá-lo com um “Bom dia, Santo Padre”, ele respondeu de forma bem-humorada: “Bom dia, Santo Filho”.
Período de internação e cuidados médicos
O Papa permanecerá internado por pelo menos mais uma semana, de acordo com os médicos, para garantir uma recuperação segura antes de retornar à Casa Santa Marta, sua residência oficial no Vaticano.
Mesmo hospitalizado, Francisco levanta-se, lê, trabalha e assina documentos, além de dedicar tempo à oração na capela do hospital. Contudo, os médicos ressaltam que sua doença crônica pode apresentar fases agudas, o que exige vigilância contínua por parte da equipe de especialistas, composta por pneumologistas e cardiologistas.
Desde o início da internação, há uma semana, os boletins médicos foram divulgados em total transparência, conforme solicitado pelo próprio Papa. “Ele pediu expressamente que nenhuma informação sobre sua saúde fosse ocultada”, garantiram os médicos.
Por ora, o pontífice seguirá sob cuidados médicos, com tratamento e repouso recomendados.