Eu tenho já em mãos o exemplar do livro Viagem pela história de Canindé, autografado por seu autor Augusto Cesar Magalhães. A obra, bastante aguardada pelo público leitor, acaba de vir a lume e já faz bastante sucesso. Trata-se de um volume robusto, notavelmente mais encorpado que seu antecessor homônimo publicado no alvorecer deste século. Nesta segunda edição, todos os assuntos foram expandidos, agruparam-se novos tópicos e a cronologia foi sequenciada com fatos pertinentes a este município, registrados nas últimas duas décadas.
De modo que o leitor que já percorreu as trilhas do volume anterior, fará agora uma nova viagem, mais demorada, porém jamais cansativa, haja vista a gama de novas atrações, enriquecidas sobremaneira pela abundância de imagens reunidas na iconografia distribuída coerentemente ao longo das mais de oito centenas de páginas.
Não é livro, portanto, que se lê de uma assentada, mas uma obra para ser digerida com vagar e atenção. Fruto de uma pesquisa acurada e consistente, Viagem pela história de Canindé é livro para se tirar da estante recorrentes vezes, sempre que se quer dirimir alguma dúvida ou apenas reacender na memória algum trecho já lido. É um livro destinado em geral a todo conterrâneo interessado e curioso pelas origens de sua terra até os dias atuais; e, em particular, à população estudantil sedenta de satisfazer pesquisas escolares.
Do campo religioso à seara política, das tradições locais aos vultos que através de décadas fizeram e fazem a história desta cidade, a obra justifica a cada passo a razão de ser do seu nome, pois quem a começa a ler empreende verdadeiramente uma viagem pelos caminhos do surgimento de Canindé, seguindo os rumos que esta terra tomou até nossos dias.
Nesse caso, eu, particularmente, confesso que não sou um leitor de primeira viagem, em relação à primeira e à segunda edições, haja vista que, modéstia à parte, cooperei em ambas como diagramador, e como tal, tive oportunidade de lidar em primazia com o conteúdo desse importante trabalho histórico-literário, que em boa hora vem coroar as letras canindeenses com a dedicação e a competência da pena organicamente bairrista do seu autor.
Boa viagem, pois, caros leitores!