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Há poucos dias um jornal noticiou que o gato mais rico do mundo possui fortuna avaliada em 18 milhões de euros, valor equivalente a mais de cem milhões de reais. Blackie é o nome do felino e pertenceu a um britânico que enriqueceu vendendo e comprando antiguidades. O excêntrico milionário vivia recluso, isolado da família, criava 15 gatos e, quando morreu, apenas Blackie estava vivo, tornando-se herdeiro da riqueza de seu dono. “Para garantir o bem-estar do animal, mesmo após a sua morte, Ben doou o dinheiro de Blackie para três instituições de caridade para gatos, sob a condição de que o felino fosse bem tratado até seus últimos dias”.
E quando se fala em gato mais rico do mundo, implica dizer que outros felinos também ostentam esse título, a exemplo de Olivia Benson e Choupette, que entraram para o Livro dos Recordes como gatos herdeiros de fortunas imensas. As excentricidades desses arquimilionários parecem não ter fronteiras. O acúmulo exagerado de dinheiro deve ser tão pecaminoso e maléfico, quanto qualquer outra extravagância. Por outro lado, as imperfeições do caráter humano devem, certamente, contagiar até os animais de estimação. Há gatos e cães malignos e de comportamento deplorável. Sem falar em cachorro e gato acometidos de cleptomania. Enquanto Blackie e mais alguns de sua classe ganham visibilidade por sua fortuna milionária, em quase todos os recantos habitados do planeta o que não falta é animal doméstico abandonado, amargando a fome, a sede e outras agruras, a exemplo de muitos humanos na mesma condição. Os mendigos de quatro patas povoam ruas e praças, da pequena à grande cidade, sofrendo as atrocidades do seu mísero destino, sem voz para manifestar seu drama, e raramente encontrando um coração humano que deles tenha piedade. Afinal de contas, nem todos têm a sorte de Blackie. Pedro Paulo Paulino |