O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta segunda-feira (30) o decreto que fixa o salário-mínimo em R$ 1.518 a partir de janeiro de 2025. O novo valor representa um aumento de R$ 106, equivalente a 7,5%, em relação ao piso atual de R$ 1.412. A cerimônia contou com a presença dos ministros Luiz Marinho (Trabalho e Emprego), Fernando Haddad (Fazenda), Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e da ministra em exercício da Casa Civil, Miriam Belchior.
O reajuste é composto por 4,84% da inflação acumulada, conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) até novembro, e um ganho real de 2,5% relacionado ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. Essa fórmula segue a política de valorização do salário-mínimo aprovada pelo Congresso Nacional e retomada em 2023.
Durante o anúncio, o ministro Luiz Marinho ressaltou o compromisso do governo Lula de garantir aumentos acima da inflação todos os anos. “O salário-mínimo cumpre um papel essencial na distribuição de renda. É um aliado importante no combate à fome, junto com os programas sociais”, afirmou. Marinho destacou ainda a expectativa de continuidade no crescimento econômico e queda do desemprego em 2025.
Impacto na economia
Cerca de 59 milhões de brasileiros têm rendimentos atrelados ao salário-mínimo, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Entre eles estão aproximadamente 19 milhões de aposentados e pensionistas. O piso nacional também serve como base para benefícios sociais, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC), o abono salarial e o seguro-desemprego.
A política de valorização do salário-mínimo, retomada pelo governo em 2024 após ser descontinuada entre 2017 e 2022, define que o reajuste deve considerar a inflação acumulada no ano anterior e o crescimento do PIB de dois anos antes. Esse modelo reforça o ganho real para os trabalhadores, além de promover a recuperação do poder de compra das famílias brasileiras.
A medida é vista como um passo importante para a melhoria das condições econômicas e sociais do país, consolidando um compromisso com a redução das desigualdades.