O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por orientação médica, não viajará para a Cúpula dos Brics, que será realizada em Kazan, Rússia, de 22 a 24 de outubro. A informação foi confirmada pelo Palácio do Planalto no início da tarde deste domingo (20). De acordo com o comunicado, o presidente foi aconselhado a evitar viagens de longa duração devido a um impedimento temporário. Seu embarque estava programado para as 17h deste domingo, mas ele participará da reunião remotamente, por videoconferência, mantendo sua agenda de trabalho normal em Brasília.
Para representar o Brasil no evento, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, foi designado como chefe da delegação brasileira e embarcará ainda na noite deste domingo (20). A cúpula deste ano será marcada pela presença dos cinco novos membros do Brics: Egito, Irã, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Etiópia, que se juntaram ao bloco, que anteriormente incluía apenas Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Durante o encontro, os líderes discutirão uma série de temas globais, incluindo a crise no Oriente Médio e a cooperação financeira e política entre os países membros. Também será apresentado o trabalho do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), além de discussões sobre a criação de uma nova categoria de países parceiros, um tema que vem sendo elaborado desde a última cúpula, em Joanesburgo.
O encontro culminará na emissão de uma declaração conjunta intitulada Fortalecendo o Multilateralismo para o Desenvolvimento Global Justo e Seguro, que contém 106 parágrafos detalhando os avanços nas negociações setoriais. O evento contará com a presença de delegações de cerca de 30 países e organizações internacionais convidadas pela presidência russa.
Essa será a primeira vez que o Brasil será representado em uma cúpula dos Brics por um ministro de Relações Exteriores, reforçando a importância da reunião para o futuro do bloco, que agora conta com 10 membros.