A prévia da inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), registrou alta de 1,23% em fevereiro de 2025, segundo dados divulgados pelo IBGE nesta terça-feira (25). O índice ficou 1,12 ponto percentual acima da taxa de janeiro (0,11%), sendo a maior variação para um mês de fevereiro desde 2016 (1,42%). Nos últimos 12 meses, o IPCA-15 acumula alta de 4,96%, acima dos 4,50% registrados no período anterior.
Os maiores impactos no índice vieram dos grupos Habitação (4,34%), impulsionado pela energia elétrica residencial (16,33%), e Educação (4,78%), devido ao reajuste das mensalidades escolares. Já os únicos setores que registraram queda foram Vestuário (-0,08%) e Comunicação (-0,06%).
Habitação (4,34%): energia elétrica residencial teve alta de 16,33%, refletindo o fim do bônus de Itaipu, que havia reduzido as tarifas em janeiro.
Educação (4,78%): reajustes no início do ano letivo elevaram os preços do ensino fundamental (7,50%), ensino médio (7,26%) e ensino superior (4,08%).
Alimentação e Bebidas (0,61%): destaque para altas da cenoura (17,62%) e do café moído (11,63%), enquanto batata-inglesa (-8,17%), arroz (-1,49%) e frutas (-1,18%) tiveram queda.
Transportes (0,44%): os combustíveis subiram 1,88%, com altas no etanol (3,22%), óleo diesel (2,42%) e gasolina (1,71%). Por outro lado, as passagens aéreas caíram 20,42%.
A maior alta foi registrada em Recife (1,49%), impulsionada pelos aumentos na energia elétrica residencial (14,78%) e na gasolina (3,74%). Já Goiânia (0,99%) teve a menor variação, devido às quedas nas passagens aéreas (-26,67%) e no arroz (-2,67%).
O resultado reforça o impacto dos reajustes anuais e da pressão sobre itens essenciais no custo de vida da população.