A inflação no Brasil avançou para 0,56% em outubro, registrando alta de 0,12 ponto percentual (p.p.) em relação a setembro, segundo dados divulgados hoje pelo IBGE. A elevação foi impulsionada principalmente pelo aumento nos preços do grupo Habitação (1,49%), com destaque para a energia elétrica residencial (4,74%), e pelo grupo Alimentação e Bebidas (1,06%), que teve as carnes como principal fator de pressão (5,81%). Com isso, a inflação acumulada no ano é de 3,88%, e em 12 meses, de 4,76%.
A energia elétrica residencial foi o item que mais impactou o índice geral, adicionando 0,20 p.p., devido à aplicação da bandeira vermelha patamar 2, que resultou em uma cobrança adicional de R$ 7,87 por cada 100 kWh consumidos. André Almeida, gerente do IPCA e INPC, explicou que a alta na conta de luz refletiu o aumento na taxa da bandeira tarifária comparado ao mês anterior, quando estava em vigência a bandeira vermelha patamar 1.
No setor de alimentos, a inflação foi impulsionada pela alta de 1,06% no grupo Alimentação e Bebidas, com um crescimento de 5,81% nos preços das carnes, uma das maiores variações mensais desde novembro de 2020. A menor oferta de carne devido ao clima seco e ao aumento das exportações foram fatores que influenciaram essa elevação, conforme destacou Almeida.
Regionalmente, todas as áreas pesquisadas registraram variações positivas, com Goiânia (0,80%) no topo, influenciada pelos aumentos na energia elétrica e nas carnes, e Aracaju apresentando a menor variação (0,11%) devido ao recuo nos preços da gasolina e do transporte urbano.
No Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para famílias com menor renda, houve alta de 0,61% em outubro, com os produtos alimentícios apresentando aumento de 1,11% após o crescimento de 0,49% registrado em setembro. A menor variação regional do INPC também ocorreu em Aracaju, enquanto Goiânia liderou as altas.