O Ibovespa encerrou o pregão desta sexta-feira (24) em alta de 0,40%, aos 137.824 pontos, no melhor nível do dia, após ter iniciado a sessão em queda e tocado os 134.997 pontos na mínima. A virada foi impulsionada por uma desaceleração nas perdas de Wall Street e pelo desempenho positivo de ações de peso no índice, como Petrobras, Vale e Itaú.
Mesmo com o alívio no fim do dia, o mercado ainda repercute com cautela o impacto do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que foi parcialmente revisto pelo governo após críticas do setor produtivo. O temor é que a medida possa restringir ainda mais a oferta de crédito, especialmente para as empresas, num momento em que a taxa Selic já está em um patamar elevado.
Entre os destaques do dia, as ações da Braskem lideraram os ganhos do índice, com alta de 9,15%, diante de rumores de movimentações envolvendo possíveis negociações estratégicas. Já os papéis preferenciais do Itaú subiram 1,21%, e as ações da Petrobras e da Vale tiveram avanços mais modestos, de 0,22% e 0,17%, respectivamente.
Na ponta negativa, varejistas sentiram a aversão ao risco e a perspectiva de aperto no crédito: Azzas caiu 6,07%, Magazine Luiza recuou 4,96% e Vamos perdeu 3,06%. Os papéis do Banco do Brasil também caíram, com baixa de 2,51%.
O volume financeiro negociado no Ibovespa foi de R$ 16,2 bilhões, enquanto o total movimentado na B3 somou R$ 20,9 bilhões.
No câmbio, o dólar à vista também mudou de direção e fechou em queda, cotado a R$ 5,64. Na semana, a moeda norte-americana acumulou desvalorização de 0,40%. Investidores avaliaram o recuo do governo sobre o IOF em investimentos externos e acompanharam os desdobramentos da nova ameaça tarifária do ex-presidente Donald Trump nos Estados Unidos.