O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, teve uma queda acentuada de 1,23%, encerrando esta sexta-feira aos 128.121 pontos, próximo à mínima do dia, de 128.070 pontos. A desvalorização foi impulsionada pela maré negativa vinda do exterior, agravada pelas incertezas fiscais internas que pressionaram ainda mais o mercado. O índice acumula uma baixa de 1,36% na semana.
A retração foi provocada por rumores sobre o quadro fiscal do Brasil e pelo aumento nos rendimentos dos Treasuries americanos, que forçaram a alta dos juros mais longos acima de 13,2%. Esse contexto impactou ações de empresas domésticas, como Vamos e Magazine Luiza, que registraram quedas de 8,27% e 6,34%, respectivamente. Entre as blue chips, a Vale recuou 0,05%, Petrobras PN caiu 1,36%, e ON teve queda de 1,95%. O volume financeiro do Ibovespa chegou a R$ 16,0 bilhões, enquanto na B3 foi de R$ 21,8 bilhões.
O dólar, por sua vez, encerrou a sessão com forte valorização de 1,53% contra o real, cotado a R$ 5,8698, o maior patamar desde maio de 2020. A alta foi impulsionada pela proximidade das eleições americanas e por preocupações fiscais no Brasil, sem previsão de mudanças estruturais nos gastos do governo, o que gerou um forte movimento de venda de reais e aumento na demanda por dólares.
Diante desse cenário de incertezas, o real teve o pior desempenho entre as moedas mais líquidas, acumulando alta semanal de 2,90% frente ao dólar. O euro também apresentou valorização, encerrando cotado a R$ 6,3607, com alta de 3,28% na semana.