O Ibovespa fechou em queda de 1,09% nesta segunda-feira, encerrando aos 120.767 pontos, em meio a preocupações com a política fiscal e a baixa liquidez típica antes do Natal. Durante o pregão, o índice oscilou entre a mínima de 120.617 pontos e a máxima de 122.105 pontos.
A nova desancoragem das expectativas de inflação, apontada no Boletim Focus do Banco Central, impactou negativamente os juros futuros, prejudicando ações de empresas ligadas à economia doméstica e bancos. Nem mesmo a leve alta nos papéis da Vale e da Petrobras conseguiu reverter o desempenho negativo do mercado. O volume financeiro registrado no Ibovespa foi de R$ 15 bilhões, enquanto na B3 alcançou R$ 20 bilhões até as 17h15.
Dólar dispara e fecha próximo a R$ 6,19
O dólar comercial encerrou o dia com alta expressiva de 1,87%, cotado a R$ 6,1855, após atingir a mínima de R$ 6,1091 e a máxima de R$ 6,2003. O movimento reflete tanto o fortalecimento global da moeda americana quanto a cautela local diante do cenário fiscal e da redução da oferta de dólar no mercado nesta época do ano.
A perspectiva de que o Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA, manterá sua postura conservadora e evitará cortes rápidos nas taxas de juros contribuiu para o fortalecimento do dólar, pressionando especialmente mercados emergentes, como o Brasil.
O ambiente de incerteza local e internacional adicionou mais volatilidade ao câmbio e ao mercado de ações, com investidores adotando postura defensiva neste final de ano.