A sociedade cearense exige respostas rápidas e ações concretas para evitar que a situação se agrave ainda mais.
A circulação de novas variantes do coronavírus no Ceará evidencia a incapacidade do Governo Estadual em proteger a população. Desde o final de novembro, o estado registra um crescimento alarmante de infecções, com 5.140 novos casos confirmados em apenas duas semanas. Segundo o Integra SUS, 40,7% dos testes realizados na última semana deram positivo, refletindo a ausência de medidas efetivas de prevenção e controle pela Secretaria da Saúde (Sesa).
A situação torna-se ainda mais preocupante com o aumento vertiginoso de infecções. Na 46ª semana epidemiológica (10 a 16 de novembro), foram registrados 268 casos. Apenas duas semanas depois, esse número saltou para mais de 3 mil casos confirmados. Nos primeiros dias de dezembro, a escalada continua: até o dia 5, já eram 2.034 novas infecções confirmadas.
O descaso do governo estadual com a saúde pública é evidenciado pelo fato de que mais de um terço de todos os casos registrados em 2024 ocorreram apenas no último mês. No total, o Ceará já contabiliza mais de 14,3 mil casos positivos este ano, número que pode ser ainda maior, pois os dados seguem em atualização pela Sesa.
Especialistas e opositores apontam a ausência de uma estratégia clara para conter a disseminação do vírus. Enquanto outros estados intensificam campanhas de vacinação, testagem em massa e medidas preventivas, o Ceará aparenta estar estagnado, expondo a população a um risco crescente de uma nova crise de saúde pública.
A explosão de casos reflete a negligência do governo estadual em antecipar ações de controle, deixando a população desamparada diante do avanço da Covid-19. Essa falha na gestão da saúde pode acarretar consequências graves, não apenas para a saúde da população, mas também para a economia e a retomada das atividades no estado.