O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), recebeu do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, propostas de medidas econômicas estruturantes elaboradas pelo governo federal com o objetivo de assegurar o equilíbrio fiscal das contas públicas nos próximos anos. A reunião ocorreu no Palácio da Alvorada e contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), do vice-presidente Geraldo Alckmin, além de ministros e líderes da base aliada.
Segundo Haddad, as propostas ainda não serão detalhadas publicamente. Antes disso, serão apresentadas formalmente aos líderes partidários da Câmara e do Senado em uma nova reunião, marcada para o próximo domingo. O ministro da Fazenda também sinalizou que o governo está disposto a rever o aumento do IOF, caso o Congresso aprove uma alternativa viável.
Na semana passada, Hugo Motta deu prazo de dez dias para que o Executivo apresentasse uma solução alternativa ao reajuste do tributo, a fim de evitar a aprovação de um decreto legislativo que suspendesse o aumento. Para Motta, as novas medidas vão além da resolução de questões pontuais de 2025 e representam um caminho mais duradouro para as contas públicas.
“O Congresso vai se reunir para que, a partir daí, possamos avançar e não resolver apenas 2025, mas sinalizar equilíbrio fiscal para os anos subsequentes. Saio da reunião mais animado e estimulado para construir essa agenda conjunta”, declarou o presidente da Câmara.
Ele também destacou o ambiente de diálogo entre os Poderes, afirmando que a reunião demonstrou unidade entre Câmara, Senado e governo. “O que mais me animou foi o sentimento de todos os presentes: todos preocupados com o País. O Brasil sairá maior e mais forte”, disse.
Fernando Haddad reforçou que a intenção do governo é garantir a sustentabilidade do arcabouço fiscal e o cumprimento das metas fiscais de médio e longo prazo. “Preciso garantir a sustentabilidade do arcabouço e o cumprimento das metas”, afirmou.
Já o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, afirmou que o Brasil precisa de diálogo e que não interessa à sociedade conflitos entre os Poderes. Ele destacou que a agenda em discussão tem potencial para transformar estruturalmente as finanças do País. “Tenho certeza de que está sob a mesa uma agenda estruturante de País, não apenas para um ano”, afirmou.