Com o avanço dos sistemas da Receita Federal, ficou mais fácil acessar informações e preencher a declaração do Imposto de Renda por conta própria. Mas isso não significa que seja o melhor caminho para todo mundo.
O programa gerador da declaração é gratuito, e há ferramentas que até sugerem valores com base nos dados já conhecidos pelo Fisco. No entanto, a facilidade pode ser enganosa — especialmente quando o contribuinte não entende bem como funciona a legislação ou as regras de dedução.
Quem pode declarar por conta própria
Em geral, pessoas que têm uma única fonte de renda, não possuem dependentes, não fizeram movimentações complexas e não têm muitos bens ou investimentos conseguem lidar com o processo sozinhas. Mesmo assim, é importante ter cuidado com os detalhes, porque um erro simples pode levar à malha fina.
Quando é melhor procurar um profissional
Se você tem mais de uma fonte de renda, dependentes, investe em ações ou fundos, paga pensão, recebeu herança ou vendeu algum bem, o ideal é contar com a orientação de um contador. Casos como esses exigem atenção especial a regras específicas e atualizadas.
Outro ponto importante é que muitos contribuintes deixam de aproveitar deduções legais ou pagam imposto a mais simplesmente por não saber interpretar corretamente o que pode ou não ser lançado na declaração.
O valor economizado ao declarar sozinho pode sair caro depois — seja com pagamento indevido, atraso na restituição ou, pior, com o risco de cair na malha fina e ter que prestar contas.
O que fazer em caso de dúvida
Quando não há certeza sobre como declarar corretamente, o mais seguro é buscar um contador. Além de garantir que todos os dados sejam preenchidos de forma correta, ele pode ajudar a identificar oportunidades de restituição ou a evitar pagamentos indevidos.
Fazer a declaração é mais do que preencher campos. É entender a fundo cada número, cada justificativa e cada impacto fiscal. Por isso, se há dúvidas, não hesite: seu CPF agradece.