A taxa de desemprego no Brasil caiu para 6,2% no trimestre encerrado em maio de 2025, a menor registrada desde 2015 para esse período. Os dados, divulgados nesta quinta-feira (27) pelo IBGE, indicam uma redução de 0,6 ponto percentual em relação ao trimestre anterior (6,8%) e de 1 ponto na comparação com o mesmo período de 2024 (7,1%).
Com a queda na desocupação, o número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado atingiu um novo recorde: 39,8 milhões de pessoas. Na comparação anual, houve crescimento de 3,7%. Em relação ao trimestre anterior, o dado é considerado estável.
O mercado de trabalho formal impulsionou a queda na taxa de informalidade, que recuou para 37,8% — menor nível desde 2016. A quantidade de trabalhadores informais foi estimada em 39,3 milhões, com destaque para o aumento no número de autônomos com CNPJ.
Segundo o IBGE, a população ocupada no país chegou a 103,9 milhões, com crescimento de 1,2% em relação ao trimestre anterior e de 2,5% na comparação anual. Já o número de desocupados caiu para 6,8 milhões, uma redução de 8,6% em relação ao trimestre anterior e de 12,3% frente ao mesmo período de 2024.
O recuo no desemprego foi impulsionado pela geração de 1,2 milhão de novas ocupações formais. “Esse aumento da ocupação naturalmente reduz a desocupação e mostra um mercado de trabalho aquecido”, avaliou o analista da pesquisa, William Kratochwill.
Outro dado positivo foi a queda no número de desalentados, que chegou a 2,89 milhões de pessoas — o menor nível desde 2016.
A massa de rendimento habitual também bateu recorde, somando R$ 354,6 bilhões, com alta de 1,8% no trimestre e de 5,8% em 12 meses. O rendimento médio real do trabalho foi estimado em R$ 3.457, resultado considerado estável.
Entre os setores, apenas o grupamento que inclui educação, saúde e administração pública registrou crescimento frente ao trimestre anterior. Na comparação anual, cinco setores aumentaram o número de ocupados, com destaque para comércio, indústria e transporte.
A taxa de subutilização da força de trabalho caiu para 14,9%, frente a 15,7% no trimestre anterior, indicando melhora no aproveitamento da mão de obra no país.