O deputado estadual Felipe Mota (União) cobrou, nesta quarta-feira (7), durante sessão plenária da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), uma resolução para o caso de um prefeito cearense que estaria desaparecido há cinco meses. O parlamentar criticou a falta de investigação e apontou que a ausência de respostas afeta a credibilidade da classe política e reforça a sensação de impunidade no estado.
Mota destacou que, há dois anos, ele e o deputado Sargento Reginauro (União) solicitaram informações à Polícia Federal sobre um prefeito e um deputado estadual que, segundo eles, estariam envolvidos em práticas criminosas. No entanto, afirmou que ainda não receberam respostas da instituição.
“Nós da política somos desmoralizados sempre que um caso como esse não se resolve. Como podemos acusar um traficante quando a própria classe política dá uma das piores respostas quando se envolve neste tipo de situação?”, questionou Felipe Mota, sem revelar os nomes dos políticos investigados.
O deputado também demonstrou preocupação com a segurança no estado e sugeriu a instalação de detectores de metais na Assembleia Legislativa, com o objetivo de proteger parlamentares e servidores. “Temos um prefeito desaparecido hoje. Amanhã pode ser um deputado ou um secretário”, alertou.
Apoio de outros parlamentares
Durante o debate, os deputados Sargento Reginauro (União), Fernando Hugo (PSD) e Alcides Fernandes (PL) manifestaram apoio ao discurso de Felipe Mota.
Sargento Reginauro elogiou a persistência de Mota na cobrança e criticou a dificuldade em obter respostas para casos que envolvem políticos. Fernando Hugo destacou o clima de insegurança que afeta o estado, especialmente em período eleitoral.
Já o deputado Alcides Fernandes relembrou episódios recentes de violência no Ceará, como chacinas e assassinatos, e pediu um minuto de silêncio em respeito às vítimas, homenagem que foi realizada no Plenário.