O valor da cesta básica em Fortaleza registrou a maior alta entre as capitais brasileiras no período de um ano. Entre fevereiro de 2024 e fevereiro de 2025, o preço dos alimentos essenciais na capital cearense subiu 13,22%, conforme a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, divulgada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE).
A inflação nos produtos básicos também se destacou nos primeiros meses de 2025. Apenas entre janeiro e fevereiro, o custo da cesta básica em Fortaleza aumentou 5,48%, sendo uma das maiores variações do país, atrás apenas de Salvador (7,69%) e Recife (6,29%).
No levantamento mensal do DIEESE, 14 das 17 capitais pesquisadas tiveram alta no preço dos alimentos, com os maiores aumentos registrados em Recife (4,44%), João Pessoa (2,55%), Natal (2,28%) e Brasília (2,15%). Por outro lado, Goiânia (-2,32%), Florianópolis (-0,13%) e Porto Alegre (-0,12%) foram as únicas cidades com redução nos custos.
Apesar da disparada nos preços, Fortaleza ainda não está entre as capitais com a cesta básica mais cara. São Paulo lidera o ranking, com um custo de R$ 860,53, seguida pelo Rio de Janeiro (R$ 814,90) e Florianópolis (R$ 807,71). No Norte e Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores foram encontrados em Aracaju (R$ 580,45), Recife (R$ 625,33) e Salvador (R$ 628,80).
Diante do aumento dos preços, o DIEESE calcula que o salário mínimo necessário para garantir o sustento de uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 7.229,32, ou seja, 4,76 vezes o valor atual de R$ 1.518,00.