A partir desta sexta-feira (1º), os mutuários que financiarem imóveis pela Caixa Econômica Federal terão que desembolsar uma entrada maior e financiar um percentual menor do valor do imóvel. O banco elevou as exigências para a concessão de crédito pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), que utiliza recursos da caderneta de poupança.
Para financiamentos com o sistema de amortização constante (SAC), onde as parcelas caem ao longo do tempo, a entrada mínima subiu de 20% para 30% do valor do imóvel. Já no sistema Price, com parcelas fixas, o valor inicial aumentou de 30% para 50%. Além disso, a Caixa exigirá que o cliente não tenha outros financiamentos habitacionais ativos com o banco.
O valor máximo para avaliação de imóveis pelo SBPE será limitado a R$ 1,5 milhão em todas as modalidades. Até então, essa restrição existia apenas para o Sistema Financeiro da Habitação (SFH), mas o Sistema Financeiro Imobiliário (SFI) não possuía teto. Segundo a Caixa, essas mudanças afetam apenas novos financiamentos e não impactam empreendimentos já financiados diretamente pelo banco.
O ajuste nas condições de crédito ocorre em meio ao aumento dos saques na poupança e restrições nas Letras de Crédito Imobiliário (LCI), que pressionam a disponibilidade de recursos para financiamento. Segundo o Banco Central, a poupança registrou um volume líquido de saques de R$ 7,1 bilhões em setembro, o maior do ano. Ainda não se sabe se as restrições serão mantidas ou revistas em 2025.