O Brasil deu mais um passo na integração energética com países vizinhos ao iniciar uma nova operação de importação de gás natural da formação de Vaca Muerta, na Argentina — considerada uma das maiores reservas não convencionais do mundo.
A operação é conduzida pela Gas Bridge Comercializadora (GBC), afiliada da empresa argentina Pluspetrol. É a quarta movimentação do tipo realizada em 2025, reforçando a estratégia de diversificação do suprimento nacional de gás natural. Outras empresas que já realizaram importações neste ano são Edge Energy, Matrix Energia e MGas, todas utilizando rotas logísticas por meio da Bolívia.
As operações fazem parte do programa Gás para Empregar, vinculado ao Ministério de Minas e Energia, que tem como foco ampliar a oferta de gás natural no país, reduzir custos e dar mais previsibilidade ao setor produtivo.
Com a ampliação das importações, o Brasil busca reduzir a dependência de fontes mais caras, garantir maior estabilidade no fornecimento e incentivar a reindustrialização por meio de uma matriz energética mais acessível. O gás natural é visto como peça-chave para atrair novos investimentos, impulsionar setores industriais e gerar empregos — especialmente em regiões com maior demanda energética.
A importação em maior escala também tende a impactar os preços praticados no mercado interno, com potencial de tornar o insumo mais competitivo para empresas e consumidores.
A expectativa é que, com a consolidação de rotas de suprimento regionais e apoio logístico entre países vizinhos, o Brasil fortaleça sua segurança energética ao mesmo tempo em que avança em direção a uma política de energia mais integrada e eficiente.