O Bradesco anunciou nesta quarta-feira (7) a renovação de seu programa de recompra de ações, com autorização para adquirir até 106.584.881 ações de sua própria emissão entre 8 de maio de 2025 e 8 de novembro de 2026. Desse total, até 53.413.506 são ações ordinárias e 53.171.375 são preferenciais.
O objetivo do programa é utilizar parte dos recursos disponíveis na conta de “Reservas de Lucros – Estatutária” para adquirir ações que serão mantidas em tesouraria e, posteriormente, canceladas, sem redução do capital social. A operação tem como principal efeito econômico o aumento proporcional do valor dos dividendos e dos juros sobre capital próprio (JCP) distribuídos aos acionistas. Isso porque as ações mantidas em tesouraria não possuem direitos econômicos e políticos.
Com isso, os montantes declarados como dividendos ou JCP serão divididos apenas entre as ações que permanecem em circulação no mercado, elevando o retorno para os investidores.
O Bradesco informou que as aquisições ocorrerão na B3 (Brasil, Bolsa, Balcão), por meio de sua corretora Bradesco S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários e da Ágora Corretora de Títulos e Valores Mobiliários. O banco reforçou que não há impacto esperado na composição do controle acionário, uma vez que o programa é limitado a 106,5 milhões de ações, quantidade insuficiente para alterar a estrutura administrativa da companhia.
A instituição esclareceu que os recursos utilizados para as aquisições virão das reservas de lucro já disponíveis e que o programa de recompra não afetará o pagamento de dividendos obrigatórios nem o cumprimento de outras obrigações financeiras.
O Bradesco destacou que o programa tem como finalidade identificar oportunidades de mercado e maximizar a alocação dos recursos disponíveis, sem comprometer os resultados financeiros da companhia.