Na abertura da sessão plenária desta quinta-feira (14), o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, abordou o atentado ocorrido na noite anterior na Praça dos Três Poderes, em Brasília, quando um homem detonou um artefato explosivo que causou sua morte ao tentar um ataque próximo ao STF e ao Congresso. O episódio reforça, segundo Barroso, a necessidade de responsabilização por atos contra a democracia.
O presidente do STF destacou que o evento está inserido em uma série de ataques às instituições que têm ocorrido nos últimos anos, culminando na invasão das sedes dos três Poderes em 8 de janeiro de 2023. Para Barroso, o atentado é um alerta sobre a persistente ameaça à democracia e deve incentivar a renovação dos compromissos republicanos. “Este feriado da Proclamação da República deve servir como uma oportunidade de reafirmarmos nosso compromisso com os valores democráticos e republicanos”, afirmou.
Outros ministros também se pronunciaram sobre o ataque. O ministro Gilmar Mendes alertou que as tentativas de ataque contra as instituições são parte de um cenário crescente de intolerância, citando ações anteriores, como o uso de fogos de artifício contra o STF e acampamentos pedindo intervenção militar. Já o ministro Alexandre de Moraes destacou a atuação eficaz das forças de segurança, que impediram o homem de invadir o Tribunal com explosivos. Para Moraes, a gravidade do caso é clara e não deve ser minimizada.
Durante a sessão, outros ministros, incluindo Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Flávio Dino e André Mendonça, expressaram solidariedade e preocupação com a repetição de atos violentos contra o STF e a democracia. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, também reiterou o apoio da PGR na responsabilização dos envolvidos em ações antidemocráticas, enfatizando a importância da punição para garantir o respeito às instituições do país.