A agência de classificação de risco Moody’s anunciou a elevação da nota de crédito soberano do Brasil de Ba2 para Ba1, mantendo a perspectiva positiva. A decisão vem após a agência ter sinalizado, em maio de 2024, uma tendência de melhora contínua, iniciada em 2023, e aproxima o país de reconquistar o grau de investimento.
Em seu comunicado, a Moody’s destacou o crescimento robusto do Produto Interno Bruto (PIB) e as recentes reformas econômicas e fiscais como fatores decisivos para a elevação da nota. Entre os destaques, estão o compromisso do governo com metas fiscais e a estabilização da relação dívida/PIB, aspectos considerados essenciais para a manutenção de uma perspectiva positiva.
A agência também ressaltou a importância da reforma tributária, que tem sido vista como uma peça chave para aprimorar o ambiente de negócios e impulsionar o potencial de crescimento econômico a longo prazo. Além disso, o avanço da agenda de transição energética do governo foi apontado como um fator que atrairá investimentos privados e reduzirá a vulnerabilidade do país a impactos climáticos.
No campo fiscal, a Moody’s prevê uma melhora gradual nos resultados primários do governo, com expectativa de aumento de receitas e controle de gastos. Apesar da dívida elevada, a agência reconheceu a força dos ativos líquidos do Brasil e o fato de que o país se financia predominantemente no mercado doméstico, em moeda local.