Entre agosto de 2021 e julho de 2022, o Brasil registrou 1.326.138 óbitos, dos quais 54,5% foram de homens (722.225) e 45,5% de mulheres (603.913), de acordo com o Censo Demográfico 2022. A maior mortalidade masculina se destaca principalmente entre jovens de 15 a 34 anos, com uma sobremortalidade de 3,7 vezes maior para homens entre 20 e 24 anos em comparação às mulheres.
Segundo Izabel Marri, gerente de Estudos e Análises Demográficas do IBGE, o alto índice de óbitos masculinos entre 15 e 34 anos está relacionado a mortes violentas, como acidentes de trânsito e homicídios, que afetam significativamente menos as mulheres. A sobremortalidade masculina é revertida apenas em idades avançadas, a partir dos 80 anos, quando o número de óbitos femininos passa a superar o de homens, refletindo a maior longevidade feminina.
A maior sobremortalidade masculina entre os estados foi registrada no Tocantins, com 150 óbitos masculinos para cada 100 femininos, seguida por Rondônia e Roraima. Já o Rio de Janeiro apresentou a menor taxa de sobremortalidade masculina, com 1,05.
O levantamento também apontou que crianças menores de 1 ano apresentam maior risco de mortalidade, enquanto a faixa de 0 a 4 anos representa apenas 2,6% do total de óbitos. Em contrapartida, as pessoas com 80 anos ou mais, que representam 2,3% da população, concentram 31,2% dos óbitos totais.