Esses dados, que reforçam a robustez do sistema tributário brasileiro, estão disponíveis para consulta no site da Receita Federal.
A arrecadação de impostos e outras receitas pela União alcançou um recorde histórico para o mês de julho, totalizando R$ 231,04 bilhões, conforme dados divulgados pela Receita Federal nesta quinta-feira (22). Este resultado representa um aumento real de 9,55%, já descontada a inflação, em comparação com o mesmo mês de 2023, considerando valores corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Além disso, o desempenho arrecadatório de janeiro a julho também foi o melhor já registrado, com a União arrecadando R$ 1,53 trilhão no período, um aumento real de 9,15% sobre o mesmo intervalo do ano anterior.
Especificamente, as receitas administradas pela Receita Federal somaram R$ 214,79 bilhões em julho, refletindo um crescimento real de 9,85%. No acumulado do ano, essas receitas atingiram R$ 1,45 trilhão, com alta real de 9,07%.
Fatores Contribuintes para o Crescimento
Os resultados positivos foram influenciados por várias variáveis macroeconômicas, incluindo o comportamento da atividade produtiva. Adicionalmente, fatores atípicos como a tributação dos fundos exclusivos, a atualização de bens e direitos no exterior, e o retorno da tributação do PIS/Cofins sobre combustíveis contribuíram significativamente para o aumento da arrecadação.
Outro fator que impactou a arrecadação em julho foi a situação de calamidade no Rio Grande do Sul, causada por enchentes em abril e maio. A prorrogação dos prazos para recolhimento de tributos em alguns municípios gaúchos elevou a arrecadação no mês, embora tenha resultado em perda de receita no acumulado do ano devido ao desastre climático que afetou 478 dos 497 municípios do estado.
A Receita Federal destacou que, desconsiderando os pagamentos atípicos, a arrecadação teria apresentado um crescimento real de 6,77% no período acumulado do ano e de 8,28% em julho.